domingo, 24 de janeiro de 2021

Em Constante Tormento

Quem gosta de tormentos?

Acudir a frequentes ataques de pânico; ter de se conter porque se apercebe de estar a ser alvo de chantagem emocional a todo o instante; ser sempre o único a oferecer sem nada receber, tampouco gratidão; convidar e nunca ser convidado; procurar e nunca ser procurado; dar-se ao diálogo e sentir-se a falar para as paredes; promover afetos e ficar carente deles; procurar soluções a solo para questões que acredita serem de interesse comum; sentir a falta e não ter; estar triste e não ser suposto; e tantas outras experiências desagradáveis aqui caberiam, que justificam a questão inicial.

Servem estas referências para que se reforce a ideia de que partilhar a vida com alguém, tem o exclusivo propósito de trazer felicidade a ambos, portanto, se tal não acontece, é um projeto falido!

Pior ainda, é quando o sonho inicial se torna numa relação de tormentos e, nessa altura as hesitações podem ser fatais, por outras palavras, a teia foi montada e já nela se enreda a vítima.

Partilhar a vida com alguém para sofrer, é masoquismo, outra forma de perturbação mental que carece de ser cuidada.

Nada disto é sinónimo de amor, não se criem ilusões, nem se confundam sentimentos com relações. Uma coisa não obriga a outra, pode amar-se sem se relacionar, assim como o contrário, logo quem está numa relação e não é amado, tome estes sinais como referência, o desamor!

Tudo o resto é teimosia da vítima em acreditar que um dia será amada por uma criatura psicopata. Mais facilmente “passará um camelo pelo buraco de uma agulha”!

Pedro Ferreira 2020

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