Quem gosta de tormentos?
Acudir a frequentes ataques de pânico; ter de se
conter porque se apercebe de estar a ser alvo de chantagem emocional a todo o
instante; ser sempre o único a oferecer sem nada receber, tampouco gratidão;
convidar e nunca ser convidado; procurar e nunca ser procurado; dar-se ao
diálogo e sentir-se a falar para as paredes; promover afetos e ficar carente
deles; procurar soluções a solo para questões que acredita serem de interesse
comum; sentir a falta e não ter; estar triste e não ser suposto; e tantas outras
experiências desagradáveis aqui caberiam, que justificam a questão inicial.
Servem estas referências para que se reforce a ideia
de que partilhar a vida com alguém, tem o exclusivo propósito de trazer
felicidade a ambos, portanto, se tal não acontece, é um projeto falido!
Pior ainda, é quando o sonho inicial se torna numa
relação de tormentos e, nessa altura as hesitações podem ser fatais, por outras
palavras, a teia foi montada e já nela se enreda a vítima.
Partilhar a vida com alguém para sofrer, é masoquismo,
outra forma de perturbação mental que carece de ser cuidada.
Nada disto é sinónimo de amor, não se criem ilusões,
nem se confundam sentimentos com relações. Uma coisa não obriga a outra, pode
amar-se sem se relacionar, assim como o contrário, logo quem está numa relação
e não é amado, tome estes sinais como referência, o desamor!
Tudo o resto é teimosia da vítima em acreditar que um
dia será amada por uma criatura psicopata. Mais facilmente “passará um camelo
pelo buraco de uma agulha”!
Pedro Ferreira 2020
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