A clonagem à vítima é uma das máscaras mais perfeita da psicopatia!
Nada mais cativante que a partilha de ideias, anseios, sonhos, sentires e tantas outras características comuns numa relação interpessoal: a vítima se encanta; o agressor encanta.
Contudo, apenas de uma encenação por parte do lado perverso se trata, fruto do estudo prévio que faz da sua vítima.
É inebriante essa sensação de que finalmente se encontra alguém que se entende na plenitude e se adapta perfeitamente ao nosso modo de ser e estar, nada mais perfeito, não é verdade?!
Mestres nas táticas e estratégias, os psicopatas sabem disso, daí esta ideia de clonagem da vítima ser a melhor e mais infalível forma de tornar a vítima refém das suas próprias emoções.
Perante esta situação, infelizmente, não existe escapatória ou sequer sinal possível para despertar o alerta na vítima, pois, no fundo, qualquer desconfiança ou dúvida significaria algo parecido como desconfiar, ou duvidar de si mesmo, afinal de contas de seres "iguais" (clonados) se trata!
Contudo, a boa notícia é que esta representação apenas é possível na fase de conquista, pois, ator algum, por melhor que seja, consegue manter a mesma representação para sempre em toda e qualquer circunstância.
Abre-se assim a possibilidade à vítima de detetar os desvios do modelo de personalidade inicialmente apresentado, pois será muito natural que quando confrontado com a passagem à prática, aquilo que anteriormente foi enunciado pelo lado psicopata não coincida com a ação ou inação..., a máscara cai uma primeira vez!
Aproveite a vítima para neste exato momento tomar tais comportamentos contraditórios como o primeiro indicador de que possa ter sido manipulado e, novamente como em toda a estratégia de defesa perante o ataque de pessoas tóxicas, o segundo episódio é o momento chave para sair de imediato, sob pena de se ficar cativo de um embuste, com as nefastas consequências que se conhecem.
Pedro Ferreira
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