terça-feira, 11 de novembro de 2025

COM UMA CRIATURA NARCISISTA A TOXICIDADE ESTÁ SEMPRE GARANTIDA

Aproxima-se com todos os encantos, repleta de promessas de amor eterno e com uma fluidez de "amo-te" que até dá gosto - e nesta fase tudo vale para enganar... tudo mesmo, até invocações ao que existe de mais sagrado - conquistando desta forma a confiança da vítima.

Daí em diante, passa a usar e a abusar da boa-fé e da boa-vontade da vítima, até se fartar.

Quando bem atestada da boa energia que sugou da vítima, ao ponto de a deixar exausta, começa a preparar o descarte: uma indiferença aqui, um desrespeito acolá, acaba por, lentamente, levar a relação para níveis de insuportabilidade tais que a rutura é a única saída possível para a vítima. Nesta fase, a criatura narcisista chega, inclusive, a ter o desplante de dizer à vítima que não a quer ver triste, por isso alega como motivo do descarte a tristeza que ela própria gerou.

Cheia de si e confiante que é um ser eternamente desejado, lá parte por um dia, uma semana, um mês, um ano, ou mais, ignorando totalmente a vítima durante esse período, assim como indiferente ao lastro de incómodos e destruição que deixou para trás.

Porém, quando a criatura narcisista volta a sentir a necessidade de suprimento, tenta a reaproximação à vítima, porque, a vê como eternamente sua, usando exatamente a mesma tática de encantos, desta feita enriquecidos por manifestações de falso arrependimento e, igualmente falsas, ideias de mudança, esquema conhecido por hoovering (sugar a vítima para si).

Se o hoovering não resultar porque a vítima já lhe topou a manha, acaba por se afastar, novamente em silêncio, fazendo-se de vítima incompreendida, para, de seguida, ir em busca de outras fontes de boa energia para a sugarem até à exaustão, fazendo assim novas vítimas, umas atrás das outras, nem que para isso tenha de recorrer a familiares diretos, filhas e filhos inclusive, tantas vezes aquelas vítimas que não têm como escapar.




Pedro Ferreira © 2024
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