A vítima de uma criatura psicopata deverá ter sempre
presente em mente que a sensação de tempo decorrido é substancialmente
diferente da normal, algo como um mês dessa experiência corresponder a um ano,
devido à intensidade com que é vivida e à catadupa de acontecimentos
desgastantes que acontecem num curto espaço de tempo.
Posto isto, aquela sensação que se tem, finda a
relação, de que parece terem decorrido anos, quando de tempo real foram apenas
meses, ou de uma vida inteira quando apenas alguns anos decorreram, é comum, de
acordo com a ideia de se ter tratado de uma relação meramente tóxica.
O turbilhão de emoções causado pela panóplia de
atitudes provocatórias do agente maligno de cada história é tal, que as vítimas
chegam a experienciar, num reduzido intervalo de tempo, aquilo que muitas
pessoas não chegam sequer a viver em toda a vida.
Se numa situação como esta alguém se encontrar neste
preciso momento, em que decorreu um mês e já parece ter decorrido um ano, cheio
de peripécias e incómodos, desperte agora antes que seja tarde,
será muito provavelmente a vítima do momento.
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